FRUTAS FRESCAS E SECAS

FRUTAS FRESCAS E SECAS

O centro de Portugal é região de terra fértil e generosa, com pomares perfumados, cujas dádivas ensolaradas aportam o que de melhor há de frutos, cuidados por sábios agricultores que sabem como conservar o gosto original da fruta caseira.

Cereja da Cova da Beira IGP

De consistência firme e carnuda e sabor muito doce, cuja coloração vai do vermelho vivo ao vermelho púrpura, podendo no caso de algumas variedades ser do vermelho ao alaranjado, a produção da Cereja Cova da Beira – IGP desenvolve-se entre as Serras da Gardunha, da Estrela e da Malcata, na Cova da Beira, região com excelentes condições climáticas para a fruticultura, e solos de condições ideais para o desenvolvimento da cerejeira. A Cereja Cova da Beira é uma das espécies fruteiras de maior peso na economia agrícola regional. De entre as muitas variedades de cerejeiras, existem algumas autóctones, como a “De Saco” ou “Saco da Cova da Beira”, mais representativa na região, e a “Morengão” bem adaptada à altitude. A melhor época para consumo é entre maio e julho.
Particularidade: o uso IGP (Indicação Geográfica Protegida) obriga a que a cereja seja produzida de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designa- damente, as condições de produção, colheita e embalamento do produto.
Geografia: a área geográfica correspondente à produção da Cereja Cova da Beira abrange cerca de 1 374 km2 e compreende os seguintes concelhos do distrito de Castelo Branco: Fundão – com maior representatividade nas freguesias de Alcongosta, Alcaide, Souto da Casa, Aldeia de Joanes, Alpedrinha e Castelo Novo; Covilhã – com maior representatividade nas freguesias de Ferro, Peraboa, Tortosendo e Dominguiso; Belmonte.
Mais informação: Agrupamento de Produtores, Cooperativa Agrícola dos Fruticultores da Cova da Beira, CRL


Cereja da Beira Baixa

A Cereja da Beira Baixa provém de cerejeiras localizadas entre as Serras da Gardunha, da Estrela e da Malcata, a Cova da Beira, que engloba os concelhos do Fundão, da Covilhã e de Belmonte. As plantações situam-se entre os 450 e os 800 metros, ocupam uma área de cerca de 1.600 hectares e a sua produção anual ronda as 6.500 toneladas. A colheita decorre entre o início do mês de maio e finais de julho. Na Beira Interior, a Gardunha é o “Solar” da cerejeira de Alcongosta ao Souto da Casa, onde o espectáculo das cerejeiras em flor é deslumbrante. A cereja da Beira Baixa, pela sua qualidade tem neste momento a exportação como principal mercado, mas é também vendida para o mercado nacional.
Particularidade: a qualidade das cerejas da Beira Baixa devem-se às condições climáticas de excelência (elevado número de horas de frio, Primavera amena e grande protecção dos ventos atlânticos) e à origem granítica ou xisto-argilosa dos solos de encosta, profundos e bem drenados Geografia: as freguesias mais representativas desta cultura são: Alcongosta, Alcaide, Souto da Casa, Aldeia de Joanes, Alpedrinha e Castelo Novo (Concelho do Fundão), Ferro, Peraboa, Tortosendo e Dominguiso (concelho da Covilhã).
Mais informação: Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas


Ginja de Óbidos e Alcobaça

IGP Fruto caracterizado essencialmente pela cor vermelha, calibre pequeno e forma ligeiramente achatada. Tem uma elevada percentagem em açúcar e uma acidez também elevada, o que lhe confere um gosto agridoce equilibrado e aroma intenso, caraterísticas essenciais para a sua utilização como ingrediente na produção de géneros alimentícios que incorporam este produto.
Particularidades: situando-se a zona de produção deste fruto, entre a Serra dos Candeeiros e o Oceano Atlântico, o que condiciona a existência de um microclima muito específico e característico da área geográfica delimitada, associada a solos com boa aptidão, são condições essenciais para garantir a grande qualidade organolética da Ginja de Óbidos e Alcobaça, conferindo-lhe diferenciação relativamente às ginjas obtidas noutras regiões.
Geografia: a área de produção da Ginja de Óbidos e Alcobaça está delimitada do ponto de vista administrativo aos concelhos de Óbidos, Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Bombarral, Cadaval e ainda as freguesias de Juncal, Calvaria de Cima, Pedreiras, Porto de Mós (São João Baptista), Porto de Mós (São Pedro), Serro Ventoso e Arrimal do concelho de Porto de Mós.
Mais informação: Agrupamento de produtores APMA – Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça


Maçã da Beira Alta IGP

Engloba as variedades Golden Delicious, Royal Gala, Jonagored, Granny Smith e Reineta e diferencia-se das demais por apresentar coloração mais viva, melhor consistência da polpa e altos teores de açúcar, o que se deve em larga medida ao clima favorável da Região da Beira Alta, com elevada luminosidade e com Invernos extremamente frios e Verões de calor abundante. Particularidade: caracteriza-se pelo seu sabor extremamente agradável e diferenciador e pela sua grande capacidade de conservação.
Geografia: a área geográfica correspondente à produção (produção, tratamento e acondicionamento) da Maçã da Beira Alta – IGP abrange os concelhos de Aguiar da Beira, Almeida, Arganil, Armamar, Carregal do Sal, Castro Daire, Celorico da Beira, Cinfães, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Lamego, Mangualde, Manteigas, Mêda, Moimenta da Beira, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Penedono, Pinhel, Resende, Sabugal, Santa Comba Dão, São João da Pesqueira, São Pedro do Sul, Sátão, Seia, Sernancelhe, Tábua, Tabuaço, Tarouca, Tondela, Trancoso, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.
Mais informação: Agrupamento de produtores – FELBA – Centro de Valorização dos Frutos e Legumes da Beira Alta


Maçã Cova da Beira IGP

Maçã da Cova da Beira é o fruto proveniente de diversas variedades de macieira Malus Domestica Bokh, tradicionalmente cultivadas entre as Serras da Gardunha, Estrela e Malcata, na zona designada por Cova da Beira. As maçãs da Cova da Beira são produzidas principalmente pelas variedades Golden Delicious, RedDelicious e Jersey Mac, em solos de características específi- cas, com condições de altitude, exposição solar e clima especiais. Particularidade: as características das maçãs são próprias da respectiva variedade, distinguindo-se no entanto, das suas similares produzidas noutras regiões pelo sabor característico, resultante das condições edafo-climáticas da respectiva região de produção.
Geografia: a área geográfica de produção (produção, tratamento e acondicionamento) está circunscrita aos concelhos de: Belmonte, Covilhã e Fundão, do distrito de Castelo Branco.
Mais informação: Agrupamento de Produtores – Cooperativa Agrícola dos Fruticultores da Cova da Beira, CRL


Maçã Bravo de Esmolfe DOP

Uma maçã de características únicas, extremamente aromática e sumarenta, doce e simultaneamente ácida. Tem uma forma oblongo-cónica, polpa branca e a sua epiderme esbranquiçada apresenta por vezes manchas rosadas. Esta variedade regional, conhecida desde o séc. XVIII, é originária da aldeia de Esmolfe (Penalva do Castelo) e terá sido obtida a partir de uma árvore proveniente de semente. Como os seus frutos são muito apreciados, obtiveram-se enxertos que disseminaram esta variedade por várias zonas de produção frutícola, especialmente na Região da Beira. É uma maçã excelente para consumo entre refeições ou num final de refeição, acompanhada de uma boa fatia de Queijo Serra da Estrela – DOP.
Particularidade: as principais características organolépticas são a cor – epiderme esbranquiçada, eventualmente com manchas avermelhadas, manchada e ou raiada, de carepa na fossa peduncular, podendo atingir até 20% da epiderme; aroma e sabor – aroma intenso, agradável e bastante sui géneris; polpa branca, macia, sucosa, doce, com boas qualidades gustativas; e forma – oblongo – cónica de calibre médio a pequeno.
Geografia: está circunscrita aos Concelhos de: Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Mantei- gas, Pinhel, Seia, Trancoso do distrito da Guarda; Covilhã, Belmonte, Fundão, do distrito de Castelo Branco; Arganil, Tábua, Oliveira do Hospital, do distrito de Coimbra; Tondela, Santa Comba Dão, Carregal do Sal, Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão, Aguiar da Beira, Viseu, S. Pedro do Sul, Vila Nova
de Paiva, Castro Daire, Sernancelhe, Penedono, Moimenta da Beira, Tarouca, Lamego e Armamar, do Distrito de Viseu.
Mais informação: Agrupamento de Produtores – FELBA – Centro de Valorização das Frutas e Legumes da Beira Alta


Maçã de Alcobaça IGP

Frutos dos grupos Casa Nova, Golden Delicious, Red Delicious, Gala, Fuji, Granny Smith, Jonagold, Reineta e Pink obtidos na área geográfica delimitada. Os elevados teores de acidez total, é fundamental no equilíbrio entre os açúcares e os ácidos, o que confere às maçãs de Alcobaça o aroma e o sabor agridoce específicos que as diferenciam de outras.
Particularidade: as maçãs das variedades descritas, obtidas na área geográfica delimitada, caracterizam-se essencialmente pela elevada consistência e crocância, pela elevada percentagem em açúcar e por uma acidez também elevada, o que lhes confere um gosto agridoce específico e aroma intenso.
Geografia: a área geográfica delimitada abrange, do ponto de vista administrativo, os concelhos de Alcobaça, Batalha, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Leiria, Lourinhã, Marinha Grande, Nazaré, Óbidos, Peniche, Porto de Mós, Rio Maior e Torres Vedras.
Mais informação: Agrupamento de produtores – APMA – Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça


Pêra de S. Bartolomeu (Pêra Passa; Passa de Viseu ou Presuntinhos de Viseu)

Fruto seco, preparado a partir de peras da pereira de S. Bartolo- meu, resultado de um longo trabalho levado a cabo pelo homem. O fruto é pequeno, de cor esverdeada com lentículas, arredonda- do e ovado, com pedúnculo comprido e recurvado. A sua cor castanho-avermelhada. A designação de pereira de S. Bartolomeu indica a época de maturação do fruto: Dia de S. Bartolomeu, em 24 de agosto. A pêra passa contém em si mesma uma soma de sabores que se afinaram de geração em geração, garantindo-a como um recurso tradicional genuíno desta zona interior do País. Costumava ser comercializada na segunda quinzena de setembro, durante a Feira Franca de Viseu.
Particularidade: Pêra seca, descascada, de proporções minúscu- las, doce e saborosa, que aparece no mercado na época do Natal, época em que é habitualmente consumida, assumindo, por isso, um valor especial pela raridade e soma de sabores.
Saber fazer: As peras usadas na secagem são exclusivamente provenientes da pereira de S. Bartolomeu. A apanha decorre nas três últimas semanas de agosto. O operador abana os ramos da pereira para obrigar as peras a caírem. Com a mão ou com um gancho, as peras são apanhadas por mulheres, trabalhando aos pares. Seguidamente são descascadas com uma faca ou navalha e colocadas nas passeiras. As passeiras são recipientes de madeira que dispõem, no fundo, de uma cama de caruma com cerca de 10 cm de altura. Após 5 dias na passeira, as peras são «embarreladas» em cabazes que se abafam com uma manta. Esta operação é feita na hora mais quente do dia, ficando a pêra «embarrelada» 1 ou 2 dias, à sombra. As peras são seguidamente espalmadas com a espalmadeira, que é um instrumento formado por duas peças de madeira articuladas por um pedaço de couro. Os frutos espalmados são postos ao sol em cima de lençóis brancos estendidos em eiras, durante 2 ou 3 dias, para acabar de secar.
Geografia: São Bartolomeu – Viseu


Pêra Rocha do Oeste DOP

A Pêra Rocha do Oeste DOP é o fruto da variedade de pereira «Rocha», obtida na região do Oeste. É uma variedade portuguesa, obtida casualmente de semente há cerca de 150 anos no concelho de Sintra, tendo o seu solar na região do Oeste. A polpa da Pêra Rocha do Oeste DOP é caracterizada por ter cor branca e ser macia, fundente, granulosa, doce, não ácida, muito sucosa e de perfume ligeiramente acentuado.
Particularidade: qualquer que seja o formato da Pêra Rocha do Oeste DOP, a carepa está sempre presente, variando a sua percentagem e concentração conforme as condições climatéricas do ano. Esta característica é muito importante e típica desta variedade. A carepa apresenta-se unida na base, dispersando-se irregularmente por toda a superfície, tendendo a concentrar-se na fossa apical.
Geografia: a área geográfica de transformação está circunscrita aos concelhos de Sintra, Mafra, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço, Alenquer, Vila Franca de Xira, Azambuja, Torres Vedras, Cartaxo, Lourinhã, Bombarral, Cadaval, Santarém, Rio Maior, Peniche, Óbidos, Caldas da Rainha, Torres Novas, Alcanena, Alcobaça, Nazaré, Porto de Mós, Batalha, Tomar, Ferreira do Zêzere, Vila Nova de Ourém, Leiria, Marinha Grande e Pombal.
Mais informação: Agrupamento de produtores – ANP – Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha